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Operação em Maputo Revela Tentativa de Tráfico com Réplicas de Corno de Rinoceronte

  • Foto do escritor: BP
    BP
  • 22 de abr.
  • 2 min de leitura

No final de março de 2025, as autoridades moçambicanas, em colaboração com forças de investigação no Zimbabué, descobriram uma tentativa de venda de produtos presumivelmente identificados como cornos de rinoceronte negro na cidade de Maputo. A operação envolveu um cidadão, presumivelmente de nacionalidade zimbabueana, e dois cidadãos moçambicanos que procuravam comercializar o produto a um preço elevado.


A investigação foi desencadeada a partir de uma denúncia com origem no Zimbabué, que indicava que os indivíduos pretendiam realizar uma transação ilegal em Maputo. As autoridades iniciaram de imediato contactos com os suspeitos através de canais encobertos, tendo sido agendada uma primeira reunião no mesmo dia no Hotel Afrin, no centro de Maputo.


Com base nesta informação, foi montada uma operação encoberta conjunta envolvendo agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e do Departamento de Informação Operativa da cidade de Maputo. As autoridades fizeram-se passar por potenciais compradores, encontrando-se primeiro com os suspeitos no Hotel Afrin e, posteriormente, marcando uma segunda reunião no supermercado SPAR da Missão Roque — o local proposto para a transação.


No local, os suspeitos compareceram em número de três. Um dos indivíduos aproximou-se primeiro para observar o ambiente e insistiu na mudança para um local mais remoto. A equipa recusou, afirmando que a transação teria de ocorrer ali ou seria cancelada.


Um segundo suspeito surgiu com um saco de plástico e dirigiu-se ao veículo dos agentes infiltrados. No interior do saco encontravam-se dois objetos semelhantes a cornos de rinoceronte — um corno completo e outro mais curto — com um peso total estimado em 6,8 quilogramas. Pela aparência e características, os itens pareciam ser cornos verdadeiros.


Após a verificação visual do produto, os agentes revelaram a sua verdadeira identidade e deram sinal ao SERNIC, que se encontrava de prontidão nas imediações. Dois indivíduos foram detidos no local, enquanto o terceiro suspeito conseguiu pôr-se em fuga.


Os dois detidos foram conduzidos sob custódia à 8.ª Esquadra. Na manhã seguinte, o SERNIC solicitou formalmente uma perícia técnica para verificar a autenticidade dos produtos apreendidos. A análise confirmou que se tratava de réplicas de corno de rinoceronte.


Apesar de se tratar de produtos falsificados, o caso continua a ser tratado com seriedade. A Procuradora da Cidade de Maputo, informada do sucedido, sublinhou que o terceiro suspeito — ainda em fuga — está presumivelmente ligado a casos de rapto e a redes criminosas de maior dimensão. A Procuradora destacou a urgência do relatório pericial, afirmando que, sem a confirmação da autenticidade dos cornos, os detidos não poderiam ser formalmente acusados por tráfico de fauna. No entanto, indicou que os suspeitos seriam ainda assim apresentados a um juiz de instrução criminal, dada a ligação a actividades relacionadas com o comércio ilegal de produtos da vida selvagem, mesmo tratando-se de réplicas.



 
 
 

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